No ano passado, 2018, fiz a FUVEST como treineira. Na época em que me inscrevi, não tinha uma ambição definida, apenas fiz para comparar com o ENEM e ver como me saía.
A prova foi no dia 25 de novembro, logo depois de uma viagem ao Chile. Acho que essa viagem foi boa, pois ajudou-me a ficar mais calma para a prova. O que eu fiz na véspera da prova, não posso chamar de estudo: revi fórmulas de Física.
No dia, estava muito nervosa, pois sabia que estava prestes a fazer o vestibular mais difícil do país. Encontrei meu amigo Matheus Bernardo lá, o que me deixou mais calma.
Eu tive a péssima ideia de começar por Ciências Humanas, deixando as Ciências Exatas para o final. Lembro que, no meio da prova de inglês, meu lanche esfarelou na prova! Saí de lá, com baixa expectativa.
Ao voltar para casa, meu time, o Palmeiras, havia sido campeão brasileiro! A tensão na prova era ainda maior por causa disso. Era o último jogo do campeonato. Eu e minha família fomos a uma pizzaria comemorar, e eu refletia o tempo todo, se passaria para a segunda fase. No mesmo dia, o gabarito saiu e vi que havia acertado 48 questões! Meu pai disse, triunfante, que eu passaria para a segunda fase com essa nota.
Foram dias de expectativa até 10 de dezembro quando saiu a lista dos aprovados para a segunda fase. Eram 9h da manhã, eu estava tomando meu café com leite, mexendo com o celular, quando vi a lista: meu nome estava lá! Estava escrito - Rebeca Fernandes Ramos 506-604, ou seja, EU! Fiquei muito feliz! Acordei minha mãe, liguei para meu pai, mandei mensagem para todo mundo! Meu objetivo da primeira fase havia sido atingido.
Vi que as provas da segunda fase seriam dias 6 e 7 de janeiro. Comecei a preparar-me fazendo listas de exercícios de Matemática e Física. O professor Felipe, aqui do EG, ajudou-me bastante, enviando-me listas e tirando minhas dúvidas.
Depois de quase um mês de estudo, chegou a prova de Redação e Língua Portuguesa. Na noite anterior, sonhei que sentava na cadeira 6B, e isso aconteceu mesmo.Senti-me muito nova, pois, em minha sala, havia vestibulandos das mais variadas idades e eu, com apenas 16 anos, devia ser, com certeza, a mais nova.
Na prova de Ciências Humanas, comecei pela Redação. O tema "De que maneira o passado contribui para a compreensão do presente" foi viável pois esse tema já havia sido discutido na 1ª série do EM, ainda no Fênix, minha outra escola. Na prova de Língua Portuguesa, surpreendi-me: fi-la como se fosse uma prova da profa. Adriana ou do prof. Guto, visto que as questões das provas deles, em geral, são tiradas da FUVEST, segunda fase. A única questão que não consegui resolver foi sobre o livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade, pois é referente à 3ª série do EM e eu havia passado para a 3ª série.
Em suma, achei uma ótima experiência. Agora que já vivenciei as duas fases da FUVEST e sei como funcionam, estou pronta para enfrentá-las este ano que é para valer.
